segunda-feira, 27 de maio de 2013
domingo, 26 de maio de 2013
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Autoionização da água
A água sofre autoionização, ionizando-se a H+ e OH-.
Na realidade, o próton, H+, não tem existência própria: é capturado
por uma molécula de água, originando o ion H3O+ (ion
hidrónio ou hidroxónio). Esta ionização é expressa como um equilíbrio químico:
Estrutura do ião H3O+.2 H2O H3O+ +
OH-
A extensão desta ionização é bastante pequena:
ambos os íons encontram-se a uma concentração cerca de 10-7 M.L-1.
A capacidade da água em ionizar-se tem conseqüências de grande relevância
fisiológica. Diversas reações bioquímicas dependem da transferência de H+ entre
moléculas e enzimas, e a transferência de prótons através das redes formadas
por moléculas de água é possibilitada pelo seu pequeno tamanho.
A existência de espécies químicas com possibilidade
de se ionizarem em solução altera o equilíbrio da reação de auto-ionização da
água. A extensão do equilíbrio das espécies iônicas H3O+ e
OH- é expresso como um normal equilíbrio químico, ou seja, como
a razão entre o produto das concentrações dos iões e o produto dos reagentes.
em que Kw é designado produto iónico da água.
O valor de Keq é também conhecido (1,8×10-16M).
O conceito original
de ação tamponaste surgiu de estudos bioquímicos e da necessidade do controle
do pH em diversos aspectos da pesquisa biológica, como por exemplo em estudos
com enzimas que têm sua atividade catalítica muito sensível a variações de pH.
Neste contexto, em 1900, Fernbach e Hubert, em seus estudos com a enzima
amilase, descobriram que uma solução de ácido fosfórico parcialmente
neutralizado agia como uma “proteção contra mudanças abruptas na acidez e
alcalinidade”. Esta resistência à mudança na concentração hidrogeniônica livre
de uma solução foi então descrita por estes pesquisadores como “ação
tamponaste” (do inglês buffering). Seguindo esta constatação, em 1904, Fels
mostrou que o uso de misturas de ácidos fracos com seus sais (ou de bases
fracas com seus sais) permitia a obtenção de soluções cuja acidez (ou
basicidade) não era alterada pela presença de traços de impurezas ácidas ou
básicas na água ou nos sais utilizados na sua preparação, em decorrência de
dificuldades experimentais tais como a ausência de reagentes e de água com
elevado grau de pureza.
O conceito de pH foi
introduzido por Sørensen em 1909, com o intuito de quantificar os valores de
acidez e basicidade de uma solução. Ainda neste ano, Henderson apontou o papel
fundamental do íon bicarbonato (monoidrogenocarbonato, segundo a IUPAC) na manutenção
da concentração hidrogeniônica do sangue, K
é a constante de equilíbrio da reação da primeira ionização do ácido carbônico
(H2 CO3). Esta constante K é a constante de equilíbrio químico a uma dada
temperatura e fornece uma maneira de descrever quantitativamente os equilíbrios.
K representa o quociente dos diferentes valores de concentração das espécies, o
qual tem um valor, constante no equilíbrio, independente da concentração das
espécies, mas dependente da temperatura. Esta constante para a temperatura
corporal (37 °C) é diferente da padrão, para 25 °C, geralmente tabelada. Segundo estes estudos, a um acréscimo
de ácido carbônico (ou outros ácidos, como o lático) na circulação, segue-se
uma diminuição do pH sangüíneo, a menos que ocorra uma elevação proporcional de
bicarbonato, de modo a manter constante a razão.
Quase todos os processos biológicos
são dependentes do pH; uma pequena variação na acidez produz uma grande variação na
velocidade da maioria destes processos. O pH do sangue de mamíferos é um
reflexo do estado do balanço ácido-base do corpo. Em condições normais, o pH é
mantido entre 7,35 e 7,45 devido a uma série de mecanismos complexos que
compreendem produção, tamponamento e eliminação de ácidos pelo
corpo (Perrin e Dempsey, 1974). Um papel importante neste equilíbrio é desempenhado
por sistemas inorgânicos,
tais como H2PO4–/HPO42–,
CO2/H2CO3/ HCO3–, e grupos
orgânicos ácidos e básicos, principalmente de proteínas. Uma diminuição
(acidose) ou aumento (alcalose) do pH do sangue pode causar sérios problemas e
até mesmo ser fatal. A acidose metabólica é a forma mais freqüentemente
observada entre os distúrbios do equilíbrio ácido-base. Pode ser causada por
diabetes grave, insuficiência renal, perda de bicarbonato por diarréia e
hipoxia ou isquemia, durante, por exemplo, exercício físico intenso. Uma
compensação natural da acidose metabólica pelo corpo é o aumento da taxa de
respiração, fazendo com que mais CO2 seja expirado.
Tecidos vivos de plantas também são
tamponados, embora menos intensamente. O pH normal em tecidos vegetais varia
entre 4,0 e 6,2. Nestes tecidos, os principais tampões são fosfatos, carbonatos
e ácidos orgânicos, como o málico, cítrico, oxálico, tartárico e alguns
aminoácidos.
Hoje, o conceito de tampão é
aplicado nas diversas áreas do conhecimento. Bioquímicos utilizam tampões
devido às propriedades de qualquer sistema biológico
ser dependente do ph; além disso, em química analítica e industrial, o controle
adequado do pH pode ser essencial na determinação das extensões de reações de
precipitação e de eletrodeposição de metais, na efetividade de separações
químicas, nas sínteses químicas em geral e no controle de mecanismos de
oxidação e reações eletródicas.
Uma definição mais abrangente foi
apresentada, recentemente, por Harris (1999): uma solução tamponada resiste a mudanças de pH quando ácidos ou bases são adicionados ou quando uma
diluição ocorre.Embora
haja outros tipos de solução tampão, estas soluções são
constituídas geralmente de uma mistura de um ácido fraco e sua base conjugada (exemplo: ácido acético e acetato de
sódio), ou da mistura de uma base fraca
e seu ácido conjugado (exemplo: amônia e cloreto
de amônio).
A bioquímica é uma ciência que estuda principalmente a química dos processos biológicos que ocorrem em todos os seres vivos.
Os bioquímicos utilizam ferramentas e conceitos da química, particularmente da química orgânica e físico-química, para a elucidação do sistema vivo. É frequentemente confundida com a biologia molecular, a genética e a biofísica, que são áreas de estudo profundamente relacionadas com a bioquímica mas distintas entre si.
A bioquímica é voltada principalmente para o estudo da estrutura e função de componentes celulares como proteínas, carboidratos, lipídios, ácidos nucléicos e outras biomoléculas. Recentemente a bioquímica tem se focalizado mais especificamente na química das reações enzimáticas e nas propriedades das proteínas.
Algumas de suas pesquisas são exames de sangue, células tronco e DNA.
A bioquímica é a única ciência por si só que nasceu no século XX.
Os bioquímicos utilizam ferramentas e conceitos da química, particularmente da química orgânica e físico-química, para a elucidação do sistema vivo. É frequentemente confundida com a biologia molecular, a genética e a biofísica, que são áreas de estudo profundamente relacionadas com a bioquímica mas distintas entre si.
A bioquímica é voltada principalmente para o estudo da estrutura e função de componentes celulares como proteínas, carboidratos, lipídios, ácidos nucléicos e outras biomoléculas. Recentemente a bioquímica tem se focalizado mais especificamente na química das reações enzimáticas e nas propriedades das proteínas.
Algumas de suas pesquisas são exames de sangue, células tronco e DNA.
A bioquímica é a única ciência por si só que nasceu no século XX.
quarta-feira, 22 de maio de 2013
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