sexta-feira, 15 de agosto de 2014


BILINGUISMO E EDUCAÇÃO DE SURDOS


As realidades psicossocial, cultural e linguística devem ser consideradas pelos profissionais ao se propor o bilinguismo. A escola (professores, administradores e funcionários) deve estar preparada para adequar-se à realidade assumida e apresentar coerência diante do aluno e da sua família. A família deve conhecer detalhadamente a proposta para engajar-se adequadamente. Os profissionais que assumem a função de passarem a informações necessárias aos pais devem estar preparados para explicar que existe uma comunicação visual (a língua de sinais) que é adequada à criança surda, que essa língua permite que à criança tenha um desenvolvimento da linguagem análogo ao de crianças que ouvem que essas crianças podem ver sentir, tocar e descobrir o mundo em sua volta sem problemas, que existem comunidades de surdos; enfim, devem estar preparados para explicar aos pais que eles não estar diante a uma tragédia, mas diante de uma outras forma de comunicar que envolve uma cultura e uma língua visual-espacial.       Deve-se garantir à família a oportunidade de aprender sobre a cultura  surda e sua língua, com meta de modificar essa realidade para um futuro de inclusão.
“Um deficiente auditivo não pode adquirir uma língua falada como língua nativa porque ele não acesso a um sistema de monitoria que forneça um feedback constante para sua fala. A língua falada sempre será um fenômeno estranho para o surdo, nunca algo natural. Os deficientes auditivos, provavelmente experimentam um grau considerável de ansiedade  ao usar a língua oral porque eles não têm nenhuma forma de controlar a propriedade técnica e social de sua fala, exceto através de movimentos lábias e da relação de pessoas a sua fala. O deficiente auditivo apesar de contar com expressões faciais e movimentos corporais, não possui uma das fontes de informação mais rica da língua oral: monitorar sua própria fala e elaborar sutilezas através da entonação , volume de voz, etc. “(1986. p.79-80)”.

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